O cantor Fagner
confirmou, nesta terça-feira (27), a denúncia de outros artistas que empresários estariam se
aproveitando para lucrar ilicitamente principalmente em datas
comemorativas como o São João. “É só fazer feito a Lava Jato: é só correr atrás
do dinheiro”, afirmou o músico ao Blog
de Jamildo. O artista frisou que nunca recebeu propostas diretamente
para que repassasse parte do cachê a empresários ou produtores, mas alertou
sobre a existência de um esquema. “Já devem ter feito isso comigo. O empresário
diz um cachê e pega outro, pega mais caro”, disse por telefone. “Esse negócio é
muito comum.”
Fagner contou que
no início do ano foi procurado para que autorizasse o escritório dele a
negociar uma data para que se apresentasse no São João de Caruaru. Seria no dia 23 de
junho, com cachê de aproximadamente R$ 130 mil. “Já aconteceu de
venderem o nosso show por um preço e ele ser muito maior, foi por isso que nos
indispomos com essas pessoas. Agora eles me procuraram pedindo para eu dar
acesso ao meu escritório. Meu escritório já não fazia mais negócio com esse
pessoal por ter descoberto que eles faziam dois negócios com o meu nome. Eles
me ligaram pedindo para eu autorizar o meu escritório a aceitar o convite para
eu fazer o São João de Caruaru”, relatou.
A secretária do
músico, Iris Gamenha, afirmou que não recebeu propostas de possíveis atos ilícitos
na negociação para o show no São João, que, segundo ela e o próprio artista,
aconteceram dentro das regras. “Comigo jamais fariam isso”, afirmou Fagner.
“Nunca foi pedido (pelos empresários). Até porque (Fagner) nunca pediu nada
exorbitante, é uma coisa normal”, disse a secretária. “Até porque
principalmente artista que se preza não cobra demais e esses empresários fazem
esse jogo sujo”, atacou o cantor.
Iris já havia
enviado as notas fiscais para os produtores quando, no fim do ano, recebeu um
email afirmando que o show havia sido cancelado por causa da crise econômica. “Não é hora de fazer gasto,
pela situação em que está o País”, concordou o artista. Fagner
não deixou de reclamar, porém, da forma como o show foi cancelado, alertando ao
escritório por email e a poucos dias da apresentação. “Eu seria o primeiro a
entender, até porque já estava entendendo. Só não gosto de deselegância nem
armação”, afirmou.
O cantor se
manifestou sobre o assunto pela primeira vez em um grupo no WhatsApp em que se discutia o São João de
Caruaru. “Sempre tive o maior carinho pelo povo de Caruaru e
sempre minhas apresentações são cercadas de comoção, portanto não me preocupo
em não estar aí este ano e até em outros que virão, mas a maneira como estes
amadores mal intencionados vêm tratando desde este ano não condiz com a tradição
e o respeito tão característico com o povo querido dessa cidade”, escreveu na
rede social.
“Na verdade não
tinha a intenção de falar nada, deixar quieto, mas essa galera passou dos
limites e espero que eles me esqueçam”, disse ainda. “Fui orientado a ficar
calado, mas quem me conhece sabe que eu falaria. Tem artista que morre de medo
de falar e não ser chamado novamente. Eu estou me lixando desta turma que já
mamou muito nas minhas tetas”, completou. O cantor pediu para a reportagem
ocultar o nome citado na conversa, para não publicar acusações específicas
contra o empresário.
Foto: Divulgação
Com cachê de R$ 575
mil, o show de Wesley Safadão em Caruaru, no último sábado (25),
foi envolto em polêmica. A apresentação chegou a ser suspensa
em caráter liminar, mas a Justiça decidiu que poderia ser realizada. Safadão
anunciou no show que doaria o cachê a instituições de caridade do município.
Também durante o
São João outra polêmica envolveu o cantor André Rio e o Governo de Pernambuco.
O músico denunciou em um grupo no WhatsApp ter sido procurado por empresários pedindo
metade do cachê que seria pago com recursos da Empresa de
Turismo de Pernambuco (Empetur) e da Fundação do Patrimônio Histórico e
Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
O secretário
estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, negou envolvimento de gestores dos dois órgãos no caso e
pediu a abertura de uma investigação policial sobre as gravações
de André Rio. O suposto esquema ficará sob apuração do Tribunal de Contas
do Estado (TCE) após pedido do Ministério Público de Contas.
Resultado de Enquete do Blog do Jamildo
Resultado de Enquete do Blog do Jamildo
Postar um comentário
Blog do Paixão